O governo do estado, por meio da Secretaria de Administração, autorizou o registro de preços para a aquisição de aparelhos de massagem. Uma única empresa, a LEGALMART SERVIÇO EM EVENTOS LTDA, foi contratada para fornecer R$ 258.799,80 em equipamentos. A justificativa? Atender às demandas da “Rede Estadual de Humanização”. O valor total do pregão, somando outros fornecedores, ultrapassa os R$ 300 mil. Trata-se da homologação de uma compra que, à primeira vista, parece mais um luxo corporativo do que uma necessidade pública.
A palavra “humanização” é nobre, mas seu uso aqui soa, no mínimo, deslocado. Humanizar não seria garantir um atendimento digno nos postos de saúde? Ou um ambiente escolar seguro e bem equipado para nossas crianças? Ou ainda, ruas mais seguras para a população?
É inevitável questionar: qual a urgência e a prioridade desses itens?
Não se trata de julgar o mérito do relaxamento, algo que todo trabalhador merece. Quando o poder público confunde o necessário com o acessório, quem paga a conta é sempre o contribuinte, que, ironicamente, não tem uma cadeira de massagem à sua espera no fim do dia.
🏛 Órgão/Município: Secretaria de Estado de Administração – SEAD
📑 Diário Oficial: Página 48
📆 Data: 09 de Outubro de 2025
O Conterrâneo

